A
Quaresma é uma oportunidade, um tempo de graça. São quarenta dias que nos
lembram da permanência do povo e de Jesus no deserto. Entramos na dinâmica
pascal – morte e ressurreição – morrendo para nós mesmos e para o pecado,
tornando-nos vivos para a o Senhor, como ressuscitados.
Cada
ano a Quaresma tem um acento especial. Neste ano, o acento é penitencial. Vamos percorrer um caminho
de conversão, deixando ressoar em nossos ouvidos o convite do profeta: “Rasgai
os corações e não as vestes!” Nossa religião não se fundamenta nas aparências,
mas na essência do coração. Nossos atos externos de nada valem, se realmente
não purificamos o nosso interior, se não transformamos a intenção do coração.
Uma religião que cria pessoas que propagam a própria santidade como um holofote
de mídia caiu em autocontradição.
Lembremos
sempre que reconciliação é uma graça, ou seja, depende de Deus. A ascese –
exercícios que nos ajudam no caminho da santidade – é necessária, mas a maior
responsável pela nossa conversão é a graça de Deus. Mas nós precisamos fazer a
nossa parte, como nos alerta São Paulo: “Deixai-vos reconciliar por Deus!”.
Práticas
quaresmais:
-
Jejum: ascese, luta espiritual, prova, consciência da própria fraqueza, não
fuga do mundo. Torna visível e concreta a nossa oração, o nosso desejo de
conversão. Precisamos destes sinais visíveis e concretos. Daí sua importância.
-
Oração: não para proveito pessoal, para pedir dádivas, mas para que nos coloquemos
na sintonia do projeto do Pai.
-
Caridade: amar, ser generosos, mudar de vida em relação ao irmão, tirar do
coração o rancor que nos destrói. Neste ano, A CF nos leva a refletir sobre os
jovens: o seu lugar na sociedade e na Igreja. O seu rosto deve ser visível como
sinal da juventude de Cristo. Fica o convite para os jovens afirmarem o seu sim. Os demais são convidados a abrir a
porta do coração e da Igreja para eles.
Pe. Roberto Nentwig
Sit:http://catequeseebiblia.blogspot.com.br
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